segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Monjas Beneditinas Protestantes

Monjas Beneditinas Protestantes

As monjas da Comunidade Beneditina Anglicana na Abadia de Santa Maria, West Malling, refletem sobre a sua vocação e as alegrias e desafios do seu modo de vida. 

Neste pequeno documentário , dirigido por Jamie Hughes, as vozes das freiras são complementadas por imagens da vida da Abadia.



terça-feira, 11 de julho de 2023

Dia de São Bento - 11 de julho.

 


Hoje, 11 de julho, lembramos a morte de São Bento. Benedito de Núrcia.

Veja sua cronologia de santidade e exemplo para todos nós da OESI.

480 – Nasce no dia 24 de março em Nursia - Úmbria no antigo Reino Ostrogótico. Bento foi filho de um nobre romano, tendo realizado os primeiros estudos na região de Núrsia (próximo à cidade italiana de Espoleto). Mais tarde, foi enviado a Roma para estudar retórica e filosofia.

500 – Tendo-se decepcionado com a decadência moral da cidade, abandona logo a capital e retira-se para Enfide (atual Affile). Ajudado por um abade da região chamado Romano, instalou-se em uma gruta de difícil acesso, a fim de viver como eremita.

503 - Depois de três anos nesse lugar, dedicando-se à oração e a ascese, foi descoberto por alguns pastores, que divulgaram a fama de santidade. A partir de então, foi visitado constantemente por pessoas que buscavam conselhos e direção espiritual. Foi então eleito abade de um mosteiro em Vicovaro, no centro da península Itálica. Por causa do regime de vida exigente, os monges tentaram envenená-lo, mas, no momento em que dava a bênção sobre o alimento, saiu da taça que continha o vinho envenenado uma serpente e o cálice se fez em pedaços. Com isso, Bento resolve deixar a comunidade e retornando à vida solitária.

504 - Recebeu grande quantidade de discípulos e fundou doze pequenos mosteiros. 

529 - Por causa da inveja do sacerdote Florêncio, tem de se mudar para Monte Cassino, onde fundou o principal mosteiro da Ordem Beneditina. É nesse episódio que Florêncio lhe enviou de presente um pão envenenado, mas Bento deu o pão a um corvo que todos os dias vinha comer de suas mãos e ordenou à ave que o levasse para longe, onde não pudesse ser encontrado. Durante a saída de Bento para Monte Cassino, Florêncio, sentindo-se vitorioso, saiu ao terraço de sua casa para ver a partida do monge. Entretanto, o terraço ruiu e Florêncio morreu. Um dos discípulos de Bento, Mauro, foi pedir ao mestre que retornasse, pois o inimigo havia morrido, mas Bento chorou pela morte de seu inimigo e também pela alegria de seu discípulo, a quem impôs uma penitência por regozijar-se pela morte do sacerdote.

534 - Começou a escrever a Regula Monasteriorum (Regra dos Mosteiros).

547 - Morre em 21 de março, tendo antes anunciado a alguns monges que iria morrer e seis dias antes mandado abrir sua sepultura. Sua irmã gêmea Escolástica havia falecido em 10 de fevereiro desse mesmo ano.

 

Deus abençoe a cada membro da Ordem Beneditina Secular Evangélica da OESI.

Assista ao Vídeo do Mosteiro de Núrsia - Itália. Cidade Natal de São Bento. 



 

 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

A Vida de Bento de Núrsia Parte 1 - Texto adaptado do livro do Pastor Edson Sardinha - A Vida de Bento de Núrsia - Uma Vida de Sinais e Maravilhas

Excelente vídeo sobre a vida dos monges beneditinos

 

A Vida de Bento de Núrsia – Parte 1

Introdução

A fonte de todos os acontecimentos da vida de São Bento são os Diálogos de São Gregório Magno (540-604), redigidos por volta de 593, que se baseou em fatos narrados por monges que conheceram pessoalmente São Bento.

Por este motivo, neste simples trabalho, parafraseei o livro de Gregório Magno para que nosso conhecimento seja totalmente baseado em fontes históricas primárias, visto que Gregório é o seu primeiro biógrafo. Todas as demais biografias se baseiam diretamente nos Diálogos.

Em seus Diálogos, Gregório conversa com um discípulo chamado Pedro. Após os milagres narrados, Pedro fez perguntas e Gregório responde com citações Bíblicas apropriadas. Este diálogo com Pedro eu omiti para dar mais fluidez ao texto como narrativa histórica e alterei algumas palavras com o mesmo objetivo. No demais, o texto permanece íntegro.

Aconselho, porém, a leitura dos Diálogos para conhecer as respostas de Gregório e suas bases bíblicas.

A Vida de Bento de Núrsia

 “Houve um varão de vida venerável, Bento; tanto pela graça quanto pelo nome, que desde a infância possuía um coração maduro. Superior, pelo seu modo de proceder, ao verdor da idade a nenhuma volúpia entregou seu coração, e assim, enquanto se achava nesta terra, da qual por algum tempo pudera gozar livremente, desprezou, como já murchas, as flores do mundo” (Prólogo de Gregório Magno ao segundo Livro dos Diálogos).

Gregório narra a vida de Bento através de quatro discípulos seus: “Constantino, homem respeitabilíssimo, que lhe sucedeu na direção do mosteiro; Valentiniano, que regeu por muitos anos o mosteiro do Latrão; Simplício, que foi o seu segundo sucessor na direção da comunidade; Honorato, que até hoje dirige o mosteiro onde Bento antes viveu” (Prólogo).

I.                  A Fuga do Mundo

Bento nasceu em uma família nobre da província de Núrsia, Itália. Muito cedo, foi enviado a Roma para o estudo das belas letras.

Em Roma ficou escandalizado com tanto pecado que entendeu que poderia se desviar do caminho do Senhor. Por isso resolveu abandonar os estudos, sua casa e seus bens e procurou o monaquismo.

Resolveu procurar um lugar ermo e foi seguido por sua aia (que ajudou a cria-lo e o amava como filho). 

          Chegaram, assim, a certa localidade chamada Enfide, onde, “entretidos pela caridade de muitos homens de virtude, ficaram morando junto à igreja de S. Pedro Apóstolo”.

Um dia, a ama pediu às vizinhas que lhe emprestassem um crivo para limpar o trigo; tendo-o, porém, deixado descuidadamente sobre a mesa, o crivo caiu e se quebrou, ficando partido em dois pedaços. Logo que voltou e o encontrou nesse estado, a mulher começou a chorar muito, aflita por ver quebrada a vasilha que tomara de empréstimo. Quando, porém, Bento encontrou a ama chorando, compadecido da sua dor, pegou os dois cacos do vaso, e, levando-os consigo, entregou-se à oração com lágrimas. Quando se ergueu da oração, viu junto de si o crivo de tal forma íntegro que nenhum vestígio se podia descobrir da fratura. Então, pronta e carinhosamente consolou a ama, devolvendo-lhe são o vaso que levara em cacos.

 Bento, procurando uma vida de silêncio e sacrifício, longe dos elogios e louvores do mundo, fugiu ocultamente da ama e foi dar a um retiro deserto, distante de Roma cerca de quarenta milhas.

Quando para ali se encaminhava em fuga, encontrou certo monge de nome Romano, que lhe perguntou aonde ia.

Ciente do seu desejo, não só guardou segredo mas ainda lhe prestou ajuda e deu o hábito do monacato, servindo-o no que podia.

          Chegado a tal lugar, o homem de Deus recolheu-se à apertadíssima gruta, onde morou três anos ignorado de todos, excetuado o monge Romano.

            Este último vivia num mosteiro próximo, sob a regra do abade, a cujo olhar piedosamente furtava algumas horas para levar a Bento, em determinados dias, a parte de pão que conseguira subtrair ao próprio consumo.

Não havia caminho do mosteiro de Romano à gruta, por causa de alto rochedo que em cima da gruta fazia saliência; mas Romano, do alto dessa pedra, costumava fazer descer o pão pendurado a uma corda comprida a que prendera uma campainha para que o homem de Deus, ao ouvir-lhe o toque, soubesse que era a hora de baixar o alimento, e saísse a tomá-lo.

 Um dia, porém, quando o pão era descido, uma pedra caiu e quebrou a campainha. Romano, não obstante, não desistiu de prestar por meios aptos o seu serviço.

O Senhor apareceu a certo presbítero que morava longe e acabava de preparar, no dia de Páscoa, a própria refeição; disse-lhe: “Preparas delícias para o teu próprio gozo, enquanto o meu servo em tal lugar é atormentado pela fome'.” O sacerdote levantou-se imediatamente e no próprio dia da solenidade de Páscoa, com os alimentos que para si preparara, saiu na direção indicada, procurando o homem de Deus através dos montes escarpados, pelos vales e fossas do terreno, até que o achou escondido na gruta.

Depois de orarem, assentaram-se agradecendo a Deus. O presbítero disse: “Eia, tomemos alimento, porque hoje é Páscoa”. Respondeu-lhe Bento: “Sei que é Páscoa, pois mereci a graça de te ver”.

Morando longe dos homens, Bento ignorava que a solenidade pascal era naquele dia; mas o venerável presbítero de novo lho asseverou: “Em verdade hoje é Páscoa, o dia da Ressurreição do Senhor. De modo nenhum te fica bem jejuar, pois aqui fui mandado justamente para que juntos partilhemos as dádivas de Deus todo-poderoso”. Louvando, pois, o Senhor, tomaram alimento; e, finda a refeição e a conversa, voltou o padre para a sua igreja.

2. A Fama de Bento

Por esse mesmo tempo também alguns pastores o encontraram escondido na caverna. Vendo-o entre arbustos, vestido de peles, julgaram a principio que fosse um animal selvagem; mas, quando ficaram conhecendo o servo de Deus, muitos se converteram da sua mente animal para a graça de uma vida piedosa. Assim o nome de Bento tornou-se conhecido pelos arredores; já desde então Bento começou a ser visitado por muitos que, trazendo-lhe a refeição para o corpo, levavam, em troca, nos corações, o alimento de vida que procedia dos lábios do santo.

 

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Você deseja ser um irmão Beneditino Protestante?

 

Orientação sobre os diversos carismas da OESI


Os irmãos e irmãs da OESI, após serem recebidos como aliançados da OESI, podem optar por uma das três espiritualidades próprias da OESI (ou pelas três): Espiritualidade Comum do Protestantismo (várias vertentes), a espiritualidade Beneditina ou a espiritualidade Franciscana (estas duas últimas a partir de uma releitura Protestante). 


  • A Espiritualidade Comum do Protestantismo é a vivência protestante própria das denominações Evangélicas com ênfase nas disciplinas espirituais e na espiritualidade clássica. 
  • A Espiritualidade Beneditina está baseada na vida e na Regra de Benedito de Núrsia a partir de uma releitura protestante.
  • A Espiritualidade Franciscana está baseada no carisma de Francisco de Assis e de Clara a partir de uma releitura Protestante. 


Os irmãos da Espiritualidade Comum Protestante vivem as disciplinas espirituais da OESI com alegria e simplicidade e se aprofundam no estudo da espiritualidade clássica. 

Já os irmãos Beneditinos (OBSE) e os irmãos Franciscanos (OFSE) são monges e frades dispersos. Vivem a espiritualidade e o carisma Beneditino ou Franciscano em suas vidas seculares e dispersas pelo mundo. São verdadeiros beneditinos e verdadeiros franciscanos dispersos em sua missão de Sal e Luz do mundo. Aceitam a Regra da OESI, fazem o voto de Servo Inútil, oram pela igreja de Cristo, pelo mundo e se esforçam para viver o Evangelho do Senhor Jesus em todas as áreas e aspectos de suas vidas.

Os Monges e Frades da OESI tem por mosteiro a sala dos doentes; por cela, um quarto de sua casa; como capela, a sua igreja local; como claustro, as ruas da cidade; como clausura, a obediência; como grade, o temor de Deus; como hábito e véu, a santa modéstia e a simplicidade.

Os irmãos vocacionados para a opção Beneditina ou Franciscana são acompanhados por uma pessoa de referência nestas espiritualidades (indicada pelo prior da OESI) e passam a pertencer a grupos próprios para estudos, aprofundamentos, congraçamentos, trabalhos e fraternidade para o pleno desenvolvimento da espiritualidade segundo o carisma do Novo Monasticismo.


Segunda-feira, da 19ª Semana do Tempo Comum. 08 de agosto de 2022, às 21:32h.  

 

Segunda-feira, da 19ª Semana do Tempo Comum. 08 de agosto de 2022, às 21:32h.  

 

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Cronologia histórica de São Bento

Palestra – Arte Sagrada Com Cláudio Pastro | CLAUDIO PASTRO - Belo ...
Cronologia Histórica de São Bento

480 – Nasce no dia 24 de março em Nursia - Úmbria no antigo Reino Ostrogótico. Bento foi filho de um nobre romano, tendo realizado os primeiros estudos na região de Núrsia (próximo à cidade italiana de Espoleto). Mais tarde, foi enviado a Roma para estudar retórica e filosofia.

500 – Tendo-se decepcionado com a decadência moral da cidade, abandona logo a capital e retira-se para Enfide (atual Affile). Ajudado por um abade da região chamado Romano, instalou-se em uma gruta de difícil acesso, a fim de viver como eremita.

503 - Depois de três anos nesse lugar, dedicando-se à oração e a ascese, foi descoberto por alguns pastores, que divulgaram a fama de santidade. A partir de então, foi visitado constantemente por pessoas que buscavam conselhos e direção espiritual. Foi então eleito abade de um mosteiro em Vicovaro, no centro da península Itálica. Por causa do regime de vida exigente, os monges tentaram envenená-lo, mas, no momento em que dava a bênção sobre o alimento, saiu da taça que continha o vinho envenenado uma serpente e o cálice se fez em pedaços. Com isso, Bento resolve deixar a comunidade e retornando à vida solitária.

504 - Recebeu grande quantidade de discípulos e fundou doze pequenos mosteiros. 

529 - Por causa da inveja do sacerdote Florêncio, tem de se mudar para Monte Cassino, onde fundou o principal mosteiro da Ordem Beneditina. É nesse episódio que Florêncio lhe enviou de presente um pão envenenado, mas Bento deu o pão a um corvo que todos os dias vinha comer de suas mãos e ordenou à ave que o levasse para longe, onde não pudesse ser encontrado. Durante a saída de Bento para Monte Cassino, Florêncio, sentindo-se vitorioso, saiu ao terraço de sua casa para ver a partida do monge. Entretanto, o terraço ruiu e Florêncio morreu. Um dos discípulos de Bento, Mauro, foi pedir ao mestre que retornasse, pois o inimigo havia morrido, mas Bento chorou pela morte de seu inimigo e também pela alegria de seu discípulo, a quem impôs uma penitência por regozijar-se pela morte do sacerdote.

534 - Começou a escrever a Regula Monasteriorum (Regra dos Mosteiros).

547 - Morre em 21 de março, tendo antes anunciado a alguns monges que iria morrer e seis dias antes mandado abrir sua sepultura. Sua irmã gêmea Escolástica havia falecido em 10 de fevereiro desse mesmo ano.


sexta-feira, 24 de abril de 2020

Local dos restos mortais de São Bento de Núrsia.







As relíquias de São Bento estão conservadas na cripta
da Abadia de Saint-Benoît-sur-Loire (Fleury), próximo a Orleães e
Germigny-des-Prés, no centro da França.